Um posto de saúde da comunidade Candeal II, no distrito de Matinha, está com equipamentos odontológicos sem uso há mais de cinco anos devido a problemas na rede elétrica. A denúncia foi feita pelo vereador Professor Ivamberg (PT) durante sessão na Câmara Municipal, após visitar a unidade de saúde a convite dos moradores.
Segundo o parlamentar, uma cadeira odontológica e o compressor permanecem embalados desde que chegaram ao local, pois a rede elétrica da unidade não suporta o funcionamento dos aparelhos. Ele criticou a falta de providências da Prefeitura para resolver a situação, que se arrasta desde a construção do posto, há cerca de uma década.
“A população sofre com a falta de atendimento odontológico. A Secretaria de Saúde já deveria ter acionado o Ministério Público, caso a Coelba não tenha resolvido o problema”, afirmou Ivamberg.
De acordo com o vereador, a energia no posto é tão limitada que nem mesmo uma geladeira para armazenamento de vacinas pode ser utilizada. “As vacinas precisam ser transportadas diariamente para a sede do município”, relatou. Ele ainda informou que, para usar a autoclave — equipamento essencial para esterilizar materiais —, é necessário desligar o ar-condicionado do consultório.
O problema também afeta a escola vizinha à unidade de saúde. Segundo Ivamberg, a diretora relatou que não consegue ligar o ar-condicionado sem que a energia caia. O vereador disse que conversou com moradores, profissionais da saúde e da educação sobre as dificuldades enfrentadas.
A situação foi reconhecida até pelo líder do governo na Câmara, o vereador José Carneiro (UB), que demonstrou apoio à cobrança do colega. “Tenho certeza de que o secretário Rodrigo Matos, que é muito comprometido, tomará as devidas providências”, afirmou.
Ivamberg informou que vai protocolar um requerimento na Secretaria de Saúde cobrando uma solução. “Já agendei uma audiência com o secretário para tratar desse assunto. Não é aceitável que uma cadeira odontológica, que custa em média R$ 17 mil, esteja parada há mais de cinco anos por falta de energia adequada”, concluiu.
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