Perdeu mané. A mesa sabe quando o jogador blefa

Desde o começo da xibiatagem de Donald Trump, com a guerra tarifária, eu tenho me posicionado de forma cética quanto aos resultados econômicos e políticos que ele poderia auferir com medidas tais como, bota fora de imigrantes e impor tarifas abusivas aos parceiros comerciais. Donaldo cabeleira de Zezé, será que ele é? Será que ele estaria impondo um retrocesso nas relações comerciais planetárias. Fiquei inicialmente com receio, confesso, até por milésimos de segundo imaginei que a Terra era plana. Tudo porque o Cabeleira de Zezé, estava tentando retornar ao Protecionismo de cem anos atrás, zorra 100 anos? Nesse tempo, a Alemanha perdeu a guerra, o muro de Berlim caiu, as cotas raciais foram implantadas nas universidades, como reparação social e, pasmo estava, um sujeito que inverteu a logica, queria fazer moda.

 Como assim, inverter a lógica, cara pálida? Dizem que o que acontece em Vegas fica em Vegas, e que o cassino sempre ganha, a casa sempre ganha, e os otários que apostam sempre perdem, enfim, um negócio lucrativo. Mas não é que o Trump conseguiu falir não um, mas três cassinos? Esse cara que estava prometendo salvar a Economia Americana com tarifas elevadas sobre seus parceiros comerciais e prometendo ao seu eleitorado trazer os empregos de volta. Aí meu irmão, aí minha irmã (imitei Zé Ronaldo), eu tive a certeza que ele estava jogando para sua plateia. Fui dar uma biscoitada nos líderes da nova direita pelo mundo, e pasmei, bochechei, o modus operandi é o mesmo. Jogar para sua torcida e incentivar a morte de quem não concordar. Alô Jair, está na hora de ir embora. Por que eu tive esse sentimento?  Brasileiros e Brasileiras (salve Sarney), os empregos sumiram a tempos, aqueles empregos que foram para a China, Vietnã, Coreia do Sul e adjacências, eles não voltam, porque eles desapareceram. Na China hoje vigora o conceito de fábricas escuras, sem iluminação, pois se economiza um custo que não precisa ser incorrido, afinal de contas, robô não tropeça em robô. Sim, as fábricas são tão automatizadas que são escuras na linha de produção, não tem a menor probabilidade destes empregos brotarem nos EUA. A soberba do americano trompista é tanta que ele perde tempo diário na Truth Social, rede social do Trump. Este tipo de indivíduo não enxerga um palmo de economia e diariamente prefere se alimentar de ódio aos democratas. Chegam até a chamar os azuis de vermelhos. Azul é democrata e Vermelho é republicano viu Damaris?

Pois então, como se não bastasse essa loucura, o Cabeleira começou a mandar embora os imigrantes. Logo os ricos que o apoiaram e apoiam, chiaram, pois não iriam querer trabalha rem coisas feias como cozinha, lavar e passar ferro e afins., com um salário miserável. Na zona rural virou brega, pois cadê os imigrantes para plantar? Cabeleira recuou e começou a fazer deportações pontuais e espalhafatosas, tudo par agradar sua patuleia. Mas aí o jegue cantou forte, quando ele resolveu encarar a China, posando de xerife, tomo de imediato, um contra-ataque, que o deixou atônito, deu uma de gostoso e falou que estava esperado uma ligação de Xi Jinping. Deu Pong, pois nem Jackie Chan ligou e Bruce Lee falou que ao iria ressuscita se não fosse pelo Oscar. Ora bolas, diante de tal cenário, classe empresarial americana reclamando de prejuízos financeiros, o maluquinho do Musk fazendo merda e a popularidade em queda, somente restou ao Cabeleira recuar e aceitar negociar, quando na sentada de mesa já baixou em mais de cem por cento as tarifas. Ele e seu bando de malucos ainda buscam uma resposta adequada, mas a gente já pode a essa altura dizer: PERDEU MANÉ.

Rosevaldo Ferreira é economista, professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), foi Diretor de Tributos da Prefeitura de Feira de Santana, Coordenador de Projetos do Sudic, Auditor Fiscal, Coordenador Regional da Agerba e Coordenador do Curso de Economia da UEFS.