O ex-vereador Valdinei da Silva Caíres foi condenado a 34 anos e 24 dias de prisão, além de 30 dias-multa, pelo feminicídio de Beatriz, uma jovem de 25 anos que estava grávida, em março de 2023, no município de Barra da Estiva, sudoeste da Bahia. O julgamento foi realizado na quinta-feira (16) pelo Tribunal do Júri de Brumado, após o processo ter sido desaforado, transferido de Barra da Estiva, para garantir a imparcialidade dos jurados, a pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA).
A sentença acolheu integralmente a acusação apresentada pela promotora de Justiça Daniela de Almeida, que sustentou que o crime foi cometido por motivo fútil, mediante traição e com agravante de feminicídio, já que a vítima estava grávida. O ex-parlamentar também foi condenado por ocultação de cadáver. A pena deverá ser cumprida em regime fechado.
De acordo com a denúncia, Beatriz mantinha um relacionamento com o então vereador e foi vista pela última vez no dia 22 de março de 2023, entrando em um veículo semelhante ao usado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, conduzido por Valdinei, que era presidente da entidade. O corpo da jovem nunca foi encontrado.
Durante as investigações, a polícia encontrou manchas de sangue no carro do acusado e identificou a conexão do celular de Beatriz ao Wi-Fi do sindicato dois dias após o desaparecimento, reforçando as evidências contra o ex-vereador.
Na decisão, o juiz Genivaldo Alves fixou ainda uma indenização mínima de 100 salários-mínimos à mãe da vítima, a título de danos morais. A genitora atuou como assistente de acusação no processo, representada pela advogada Suilane Novais Lima.


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